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Histórico 11º GAC

Histórico do 11º GAC

 

    O 11º Grupo de Artilharia de Campanha foi criado em 1943 com o nome de 1º Grupo do 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta (I/1º RAPC), para compor a Artilharia Divisionária Expedicionária, que embarcaria rumo à Itália para combater na 2ª Guerra Mundial ao lado das Forças Aliadas, utilizando instalações e pessoal do Grupo Escola de Artilharia, localizado no Morro do Capistrano.

 

 

    Durante a Campanha, foi designada como IV Grupo de Artilharia. Teve como primeiro comandante o Ten Cel Hugo Panasco Alvim. Participou ativamente no apoio às operações no Teatro de Operações Europeu, ajudando a romper a defesa alemã na chamada “Linha Gótica”, com atuação destacada no combate para a tomada da cidade de Montese, batalha que legou maior número de baixas à Força Expedicionária Brasileira.

    O IV Grupo do 1º R.A.P.C. embarcou no dia 19 de setembro de 1944 no navio P.116 General Meighs, com 37 oficiais e 504 praças. O navio recebeu a visita do então Presidente da República Getúlio Vargas, no dia 20 de setembro. No dia 27 de setembro a tropa atravessou a Linha do Equador, quando se tornou parte do único contingente militar sul-americano a combater na Segunda Guerra Mundial. No dia 06 de outubro o Gen Meighs entrou na Baia de Nápoles, onde a tropa aguardou até o dia 09 do mesmo mês para desembarcar. Foram transferidos para Livorno transportados nos L.C.I. (Landing Craft Infantry, uma lancha de transporte de tropas) de números 581, 583 e 584. O IV Grupo realizou sua primeira ação em combate no dia 24 de novembro de 1944, quando, começando às 6:30h, disparou durante 25 minutos na região de Casellucia.

    Incorporada ao V Exército Norte Americano, a FEB recebeu inúmeros elogios por sua participação nos combates, um deles endereçado diretamente ao IV Grupo e que resume a participação da OM nos combates: “A 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária teve no IV Grupo de Artilharia uma Unidade à altura de seu renome nesta Campanha da Itália, em que participaram, vitoriosamente, as forças brasileiras. Na fase defensiva, no último inverno, que se prolongou por dois meses, seus fogos bem aprestados e rápidos prestaram sempre às unidades de infantaria, em cujo proveito atuavam, de dia ou de noite, sob toda espécie de tempo, um apoio incessante e eficaz.

 

 

    No ataque a área de Monte Castelo, na memorável jornada de 21 de fevereiro, reforçou fogos de apoio direto, agindo como artilharia de conjunto. A sua atuação nessa oportunidade revestiu-se de marcante destaque, pois, apesar de seu desdobramento ter sido realizado para atender à frente defensiva de Castel Nuovo, os seus fogos foram de grande eficiência, bem ajustados e de desencadeamento rápido.

    Mais tarde, na jornada de 14 de abril que assinalou o início da última ofensiva, atuou como artilharia de conjunto no ataque a Montese, cooperando destacadamente para o desmantelamento do sistema defensivo montado pelo inimigo.

     Na exploração do êxito e perseguição ao inimigo, concorreu com seus caminhões para o rápido deslocamento da infantaria, organizando e dirigindo seções de transporte, sob supervisão da Artilharia Divisionária, contribuindo assim para as ações de cerco realizadas na bacia do Faro.

    O IV Grupo corporificou, nos campos de batalha da Itália, os seus reais méritos como Unidade Guerreira e as esplendidas qualidades do artilheiro brasileiro, dirigido por quadros capazes e seu comando que soube elevar bem alto as nobres tradições da Artilharia de Mallet. ”

    O então IV Grupo, dotado de obuses 155, o único dentro da FEB, foi o que mais cumpriu missões de tiro (28.371 no total) dentre os Grupos de Artilharia brasileiros atuando na Segunda Guerra Mundial: foram 51 missões em Monte Castelo (21 Fev), 60 missões em Castelnuovo (4 e 5 de Mar) e em Montese, apenas em 14 de abril, foram realizados 1348 tiros, ou seja, o Grupo consumiu sozinho mais da metade do total de granadas lançadas pela FEB. Tal participação foi tão decisiva que a Unidade recebeu em 1978 a designação histórica de ‘‘Grupo Montese’’.

 

 

 

Linha de tempo do 11º GAC

 

    1943 – Foi criada a OM com o nome de 1º Grupo do 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta (I/1º RAPC), para compor a Artilharia Divisionária, que embarcaria rumo à Itália para combater ao lado das Forças Aliadas contra o Eixo na 2ª Guerra Mundial. Durante a Campanha, foi designada como IV Grupo de Artilharia. Teve como primeiro comandante o Ten Cel Hugo Panasco Alvim. Sua primeira instalação foi localizada no antigo Morro do Capistrano, onde estava sediado o Grupo Escola de Artilharia, que teve seu efetivo assimilado pelo 1º RAPC.

    1944 – Participou ativamente no apoio às operações no Teatro de Operações Europeu, como IV Grupo de Artilharia, ajudando a romper a defesa alemã na chamada “Linha Gótica”, com destaque no combate para a tomada da cidade de Montese, a batalha que legou maior número de baixas à Força Expedicionária Brasileira.

    1945 – Retorna ao Brasil, ficando instalado provisoriamente em dependências no Morro do Capistrano e logo após ocupa provisoriamente, as dependências do 1ª RAAAc e do Batalhão Vilagram Cabrita, respectivamente. Em dezembro deste ano, a OM é agraciada com a Cruz de Combate de 1ª Classe, por sua efetiva participação na 2ª Guerra Mundial.

    1946 – Sob o comando do Ten Cel Orlando Geisel, irmão do futuro presidente Gen Ernesto Geisel, foi designada para ocupar sua atual dependência na Vila Militar, onde antes estava sediada uma OM de Engenharia (Companhia Escola de Engenharia), e recebe a denominação de 1º Grupo de Obuses 155 (1º GO 155).

    1948 – É distinguida com a Ordem do Mérito Militar, por seus relevantes serviços em prol da Nação. Sofre danos estruturais devido à explosão no paiol do Depósito Central de Armamento.

    1950 – Foram realizadas diversas reformas no quartel: foi construído um novo alojamento para os soldados, um refeitório para os subtenentes e sargentos e foi realizada a pavimentação da frente do pavilhão principal e da alameda da PTC.

    1958 – Devido à forte explosão no Paiol do Depósito de Munições, em Deodoro, que permaneceu em chamas por três dias seguidos, vários estilhaços e munições aterrissaram nas dependências da OM, uma delas, um projétil de canhão, ainda permanece na parede do 2º andar do pavilhão principal, como memorial daquele episódio.

    1969 – A OM apoiou as investigações realizadas na prefeitura de Nilópolis, onde foram descobertas diversas irregularidades administrativas.

    1971 – Recebe a medalha Mascarenhas de Moraes, da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, como reconhecimento aos bons serviços prestados aos ex-combatentes, sempre presentes em solenidades e apoiados de várias formas pelos militares da OM.

    1972 – Com a reestruturação das nomenclaturas das Organizações militares, o 1º GO 155 passa a ser denominado 11º Grupo de Artilharia de Campanha (11º GAC).

   1978 – Como homenagem a sua decisiva participação no combate na cidade de Montese, na Itália, entre 14 e 16 de abril de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, a OM passa a ter a designação histórica de “Grupo Montese”.

    1980 – Apoiou a missão que realizou a segurança para a primeira visita oficial do Papa João Paulo II ao Brasil.

    1992 – Participou da segurança da histórica conferência ECO-92, cedendo considerável efetivo.

    1997 – Apoiou a segunda visita oficial do Papa João Paulo II ao Brasil, realizando operações de Garantia da Lei e da Ordem em pontos sensíveis da cidade do Rio de Janeiro.

    2000 – Entrou em prontidão devido ao episódio conhecido como “Bug do Milênio”, onde havia a ameaça de uma pane na rede mundial de computadores.

    2007 – Apoiou a realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, realizando a segurança em diversos pontos da cidade.

    2011 – Atuou nos Jogos Mundiais Militares, provendo alojamento para algumas equipes e no apoio direto aos eventos esportivos. Realizou ação humanitária apoiando a cidade de Friburgo por ocasião do desastre causado por fortes temporais.

    2012 – Realizou segurança ostensiva na Avenida Brasil, uma das principais vias urbanas da cidade do Rio de Janeiro por ocasião da Conferência Mundial Sobre o Meio-ambiente, Rio +20, que reuniu autoridades de vários países.

    2013 – Atuou na segurança da Copa das Confederações da FIFA e da Jornada Mundial da Juventude, evento realizado pelo Vaticano, colaborando para o bom andamento de ambos os eventos.

    2014 – Apoiou a realização da Copa do Mundo da FIFA, realizando segurança em pontos estratégicos da cidade.     

    2015 – Reestruturação da OM, com asfaltamento de diversas vias internas. Em virtude das obras preparatórias da cidade para as olimpíadas, a OM perdeu parte de suas dependências e teve que mudar a localização da entrada do pavilhão principal. Foi construído um jardim na nova entrada do pavilhão de comando.

 

 

 

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